Setor produtivo lança manifesto pela derrubada de veto que isenta imposto seletivo nas exportações de minerais extraídos
11/06/25
Coalizão da indústria alerta parlamentares sobre equívoco jurídico e econômico da tributação na exportação de bens minerais e defende que o Brasil não pode exportar tributos

Crédito: Divulgação
BRASÍLIA, 11 de junho de 2025 – As principais entidades da indústria brasileira, representadas pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e outras associações do setor produtivo, entregaram na quarta-feira (10), em um jantar com parlamentares em Brasília, um manifesto contra a manutenção do veto presidencial Nº 7/2025 (Item 07.25.023), que trata do Imposto Seletivo nas exportações de minerais extraídos. O documento, assinado por diversas associações setoriais, alerta para os graves riscos jurídicos e econômicos caso a exportação de bens minerais seja tributada.
O manifesto destaca que o veto representa um “grave equívoco jurídico”, pois a Constituição Federal prevê a não incidência do Imposto Seletivo sobre exportações, baseada no princípio do destino – onde tributos sobre consumo incidem apenas em bens consumidos no país. A tentativa de tributar a extração de bens minerais destinados à exportação é considerada um desrespeito direto à Constituição e um retrocesso que torna os produtos brasileiros menos competitivos no mercado global. O setor ressalta que essa medida vai na contramão da política comercial internacional de não exportar tributos e pode significar a perda de bilhões de dólares em negócios para outras nações.
As entidades enfatizam que a tributação na exportação de bens minerais prejudica investimentos públicos, coloca em risco a segurança energética nacional e impacta a arrecadação futura e a atratividade dos ativos brasileiros. O minério de ferro, por exemplo, é um insumo essencial para a transição energética global, e desestimular sua exportação seria contraproducente. Diante deste cenário, as entidades signatárias, que incluem IBP, Ibram, Firjan, Findes, Abrasca, ABESPetro, Abpip, Fiepa e Ompetro, conclamam o apoio dos parlamentares para a derrubada do veto, a fim de proteger a economia e a competitividade do País.
O manifesto ressalta que o petróleo e o minério de ferro são pilares das exportações brasileiras e do superávit na balança comercial. As entidades solicitam o apoio dos parlamentares para que o veto seja derrubado, evitando um “grave erro contra a economia do País”.
Assinam o manifesto:
Associação Brasileira das Companhias Abertas – Abrasca
Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo – ABESPetro
Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo – Abpip
Federação das Indústrias do Espírito Santo – FINDES
Federação das Indústrias do Estado do Pará – FIEPA
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan
Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM
Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás – IBP
Organização dos Municípios Produtores de Petróleo – Ompetro
Confira aqui o manifesto na íntegra.